Livro de Uroterapia

20 Fase do tratamento:  Psicoeducação/instruções:  É essencial fornecer aos pais e à criança boas explicações sobre a etiologia, prevalência e fisiopatologia da constipação. Ao fazê-la, pode ser útil ilustrar com desenhos que a incontinência fecal não ocorre intencionalmente. Explique à criança e aos pais os sinais de constipação e como isso afeta a função do reto e os padrões normais de defecação. Usando modelos anatômicos e orientações com vídeo curto, pode ser compreensível até mesmo para crianças menores. Use a fábrica do cocô. (página 80) Por exemplo, comece mostrando a função normal do reto em um modelo anatômico e como a criança recebe o sinal e sente quando é hora de defecar. Em seguida, explique os diferentes achados e o que eles significam para a função do reto e como isso afeta a criança. Esta informação é vital para a adesão ao tratamento, que pode ser angustiante para a família com a medicação e dificuldades com as rotinas em casa. Ao explicar sobre o sinal de defecação, a criança pode entender porque é importante ir ao banheiro quando sente vontade de fazer cocô.  Os pais devem ser encorajados a não punir a criança, mas sim abordá-la positivamente. Também deve ser explicado que a constipação é de natureza recorrente, o que significa que muitas vezes é acompanhada por períodos bons e ruins. Além disso, deve ser dada orientação dietética em relação à ingestão adequada de líquidos e fibras.  Farmacoterapia:  Desimpactação de fezes velhas Recomenda-se o uso de enema uma vez ao dia por pelo menos 4 dias seguidos ou uma dose alta de polietilenoglicol (PEG) por 4-6 dias. De acordo com as diretrizes da ESPGHAN, a dose é de 1-1,5 g/kg/dia. Por exemplo, uma criança de 20 kg recebe 3-4 sachês por dia.

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