Livro de Uroterapia

11 É tarefa do uroterapeuta avaliar o problema da criança, sua gravidade, o impacto na qualidade de vida e a motivação para o tratamento e decidir quais etapas (sequência do tratamento) ou elementos da uroterapia são necessários. O pensamento crítico é crucial, e as três perguntas a seguir, devem ser feitas no início e reavaliadas durante o tratamento: 1. Existe um diagnóstico claro e qual subtipo de incontinência está presente? Um diagnóstico preciso é importante para iniciar o tratamento correto. O pilar de um bom diagnóstico é principalmente uma extensa história de micção, incluindo frequência urinária, urgência, quando e como a incontinência ocorre, formas de lidar com problemas da bexiga, história de infecções febris do trato urinário e posição no banheiro. A história de defecação focada nos critérios de Roma IV para constipação é importante. 2. A uroterapia é a terapia de escolha para o problema da criança? Antes de iniciar o treinamento da bexiga, as causas anatômicas e neurológicas da incontinência devem ser excluídas. O tratamento deve primeiro abordar as infecções do trato urinário (se presentes), seguido pelo controle da disfunção intestinal (se presente) e, em seguida, a incontinência diurna e, finalmente, a enurese noturna. 3. O desenvolvimento, a maturidade e o ambiente social da criança são adequados para se submeter a esse tratamento? A avaliação da história psicossocial é importante para julgar se a criança tem capacidade psicológica e motivação para entender seus problemas de bexiga e intestino e entender a lógica da terapia. O tratamento requer uma mudança no comportamento vesico-intestinal e, portanto, a criança deve ter disciplina e motivação para persistir, e a família deve ser capaz de apoiá-la durante esse processo. Com menos de 6 anos, as crianças não têm consciência corporal suficiente ou capacidade de autorreflexão e disciplina. Portanto, crianças menores de 6 anos não devem receber

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